• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

'A reforma tributária é um mar de oportunidades para os contadores'

Em reunião do COS da ACSP, vice-presidente administrativo do Sescon-SP, Benedicto David Filho recomendou aos profissionais contábeis sentarem à mesa com seus clientes para mostrar os impactos do novo modelo tributário nos negócios

Os contadores serão os maiores protagonistas da reforma tributária sobre o consumo que está em curso no Brasil: caberá a eles orientar seus clientes sobre os reais impactos da adoção do IVA, da extinção de benefícios fiscais, da nova tributação no destino e do cálculo por fora dos impostos, dentre outros pontos importantes, traçando novas modelagens tributárias, revisando cálculos de incidência e fazendo projeções de resultados das empresas em diversos cenários.

A análise sobre a importância dos profissionais contábeis no momento em que se discute a regulamentação da reforma no Congresso Nacional foi feita por Benedicto David Filho, mestre em controladoria e Contabilidade pela USP, e vice-presidente administrativo do Sescon-SP, durante reunião do Conselho de Orientação e Serviços (COS), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada na última sexta-feira (20/09), para discutir as perrogativas e responsabilidades do contador.

“É hora de sentar à mesa com os clientes para uma conversa sobre o novo modelo de tributação, pois a velocidade das mudanças é tamanha que um dia perdido pode ser determinante para o futuro dos negócios”, recomendou o especialista.

Na visão de David Filho, esse diálogo é particularmente importante entre os profissionais da contabilidade e micro e pequenos empresários optantes pelo Simples Nacional, que serão severamente afetados pela criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

“A perda de competitividade com a reforma tributária é indiscutível para todas as empresas do Simples Nacional, mas o tamanho deve ser analisado caso a caso”, explicou o especialista.

Será preciso, em sua opinião, realizar um prognóstico tributário detalhado sobre as vantagens ou não de as empresas do Simples recolherem o IBS e a CBS por fora, de forma não-cumulativa e, com isso, poderem repassar os créditos de forma integral às empresas com as quais realizam transações.


PREÇOS CONHECIDOS

Durante a sua apresentação, o vice-presidente administrativo do Sescon-SP chamou a atenção para uma das novidades do novo sistema tributário sobre o consumo, que é a adoção do cálculo por fora dos novos tributos - o que vai exigir das empresas analisar minuciosamente suas estruturas de preço e margem de lucro.

“Na nota fiscal, o preço do bem ou serviço será explícito, conhecido por todos, pelos concorrentes, impactando o mercado. Então, será preciso ter uma estrutura de custos adequada para determinar se o preço praticado é razoável, permitindo a competição no mercado”, explicou, ao reforçar a importância do profissional contábil durante, antes e pós reforma, prevista para ser concluída em 2033.

Até lá, de acordo com o primeiro texto de regulamentação da reforma, o PLP 68, aprovado pela Câmara e em discussão no Senado, haverá um período de transição, a partir de 2026, em que os contribuintes vão conviver com dois sistemas tributários, o que vai exigir ainda mais uma assessoria contábil de qualidade. “O contador será fundamental para implantação e adequação de forma eficaz, avaliando estruturas, sistemas e processos de seus clientes”, disse.

IMPACTOS DIFERENCIADOS

Presente na reunião, o presidente do Sescon-SP, Carlos Alberto Baptistão, disse que cálculos preliminares da entidade realizados em 26 regionais indicam que os impactos da reforma tributária serão diferenciados, a depender do setor.

No caso de serviços, por exemplo, todas as empresas deverão ser impactadas com o aumento da carga tributária, principalmente em decorrência da falta de insumos na atividade que possam gerar créditos de CBS e IBS. “Empresas do comércio e indústria, entretanto, em algumas situações, poderão ter redução de impostos no novo sistema tributário”, disse.

Participaram da reunião Márcio Massao Shimomoto, presidente da Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), e Humberto Gouveia, ambos coordenadores do COS.