• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Governo Central registra superávit primário de R$ 18,27 bilhões em outubro, aponta Tesouro Nacional

No acumulado dos primeiros dez meses do ano, há déficit primário de R$ 75,09 bilhões

O Governo Central — Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrou superávit primário de R$ 18,27 bilhões em outubro. Já no acumulado dos dez primeiros meses do ano, há déficit primário de R$ 75,09 bilhões. Os dados são do relatório do Resultado do Tesouro Nacional (RTN) de outubro de 2023, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) na tarde desta terça-feira (28/11) em entrevista coletiva realizada em Brasília. Em 2022, o Governo Central havia registrado superávit primário de R$ 30,59 bilhões em outubro e de R$ 64,41 bilhões no acumulado dos dez primeiros meses do ano.

O Tesouro destacou que o resultado primário de outubro foi melhor do que a mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda (7,3% acima das projeções). Conforme apontava o Prisma Fiscal de outubro — sistema de coleta de expectativas de mercado, criado e gerido pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda —, as projeções de mercado apontavam mediana de R$ 17,03 bilhões de superávit primário para o mês passado. “Tivemos um superávit um pouco maior, em relação às expectativas de mercado. Foi um mês bastante importante”, disse a secretária-adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Silva Varga.

O resultado primário do Governo Central acumulado em 12 meses, considerando período até outubro de 2023, foi deficitário em R$ 85,3 bilhões (valores reais), equivalente a 0,83% do Produto Interno Bruto (PIB).

Acesse na página do Tesouro o Boletim com o RTN de outubro, a apresentação para a imprensa, o Sumário Executivo e as tabelas anexas

A secretária-adjunta do Tesouro ressaltou que as perspectivas para o resultado primário de todo o ano seguem abaixo da previsão da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, que estabeleceu a possibilidade de déficit de R$ 228,1 bilhões para o ano. O valor também está abaixo dos R$ 177,4 bilhões presente no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) do 5º bimestre.

Fatores

Considerando somente o resultado do mês passado, o superávit de R$ 18,27 bilhões reflete diferença entre receita líquida de R$ 180,14 bilhões e despesa total de R$ 161,86 bilhões no período. Já em relação ao acumulado dos dez primeiros meses de 2023, o déficit de R$ 75,09 bilhões resulta da diferença entre R$ 1,575 trilhão de receita líquida e R$ 1,650 trilhão de despesa total.

De janeiro a outubro de 2023, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) registrou déficit de R$ 267,47 bilhões (ante déficit de R$ 248,66 bilhões em igual período do ano passado), em valores nominais. Já o Tesouro Nacional e o Banco Central apresentaram superávit de R$ 192,38 bilhões nos primeiros dez meses deste ano (frente resultado positivo de R$ 313,08 bilhões em igual período de 2022), também em valores nominais, aponta o RTN.

Receitas e despesas

Em outubro de 2023, a receita total foi de R$ 212,48 bilhões, apresentando retração de R$ 588 milhões (-0,3% reais) na comparação com igual mês do ano passado (R$ 213,07 bilhões). A receita líquida apresentou alta de R$ 1,1 bilhão (0,6%) em termos reais em relação a outubro de 2022.

O Tesouro apontou os principais fatores que impactaram o resultado de outubro. Houve elevações em “Outras Receitas Administradas pela RFB” (+R$ 2,1 bilhões) e em “Demais Receitas” (+R$ 1,4 bilhão). Por outro lado, foram apuradas quedas em Imposto de Importação (-R$ 864,2 milhões); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social — Cofins (-R$ 1,4 bilhão) e exploração de recursos naturais (-R$ 3,3 bilhões).

A despesa total de outubro de 2023 apresentou alta de R$ 14,9 bilhões, em termos reais, na comparação com igual mês do ano passado (ou seja, elevação de 10,1%). O RTN aponta os principais fatores: de um lado, houve aumentos em despesas obrigatórias com controle de fluxo (+R$ 9,1 bilhões) e despesas discricionárias (+R$ 11,2 bilhões). Em sentido oposto, foram registradas quedas em apoio financeiro a Estados e municípios (-R$ 2,9 bilhões) e créditos extraordinários (-R$ 6,9 bilhões).

Já no acumulado dos dez primeiros meses de 2023, a receita total apresentou queda de R$ 80,7 bilhões (-4%) na comparação com igual período do ano passado, enquanto a receita líquida registrou diminuição de R$ 55 bilhões (-3,3%), em termos reais. Essa variação decorre de diversos fatores. Foram registradas altas na arrecadação líquida para o Regime Geral de Previdência Social – RGPS (+R$ 24,1 bilhões) e em “Demais Receitas” (+R$ 21,1 bilhões). Em sentido inverso, foram apuradas retrações em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL (-R$ 13,2 bilhões), concessões e permissões (-R$ 38,6 bilhões), dividendos e participações (-R$ 40,7 bilhões) e exploração de recursos naturais (-R$ 25,6 bilhões).

No acumulado de janeiro a outubro de 2023, a despesa total apresentou elevação de R$ 89,6 bilhões (5,7%) em termos reais em relação a igual período de 2022. As principais variações envolveram aumentos em benefícios previdenciários (+R$ 32,2 bilhões) e em despesas obrigatórias com controle de fluxo (+R$ 80,25 bilhões), além de queda em créditos extraordinários (-R$ 34,9 bilhões).

O bom desempenho da receita previdenciária ao longo do ano foi ressaltado pela equipe do Tesouro. Em outubro deste ano, a arrecadação líquida para o RGPS alcançou R$ 48,41 bilhões, ou seja, alta de 1% em termos reais em relação a igual mês de 2022. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, a arrecadação líquida para o RGPS soma R$ 472,20 bilhões, elevação real de 5,4% sobre igual período do ano passado.

O total de restos a pagar (RAP) quitados até outubro de 2023 (com exceção dos RAP financeiros) foi de R$ 162,9 bilhões, contra R$ 147,1 bilhões em igual período de 2022. Os cancelamentos até outubro de 2023 atingiram R$ 7 bilhões, ante R$ 5,9 bilhões em igual período do ano passado.

Além da secretária-adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Silva Varga, participaram da entrevista coletiva para divulgação do RTN de outubro o subsecretário da Dívida Pública, Otavio Ladeira; e o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Athayde.