• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Economia é pega de surpresa com fala do Governo sobre zerar imposto de gasolina

Governo afirmou que a proposta para mexer no PIS/Cofins pode ser enviada ao Congresso na próxima semana, mas ministério de Paulo Guedes não tratou do tema

A cúpula do Ministério da Economia foi pega de surpresa com a declaração do presidente Jair Bolsonaro deste sábado (12) sobre o governo estudar um projeto de lei para zerar os impostos federais para a gasolina. O mandatário do Palácio do Planalto afirmou que a proposta para mexer no PIS/Cofins pode ser enviada ao Congresso na próxima semana. Em conversas reservadas com a CNN, pessoas próximas ao ministro Paulo Guedes disseram que, em nenhum momento, o assunto foi tratado com a pasta.

Bolsonaro sancionou na noite desta sexta-feira (11) a proposta que zera tributos federais sobre o diesel até o fim deste ano e determina alíquota única no ICMS de combustíveis. A avaliação de Guedes é a de que mexer nos impostos do diesel é justificado, uma vez que é o principal combustível para alimentar a cadeia econômica do país. Ampliar a medida para gasolina poderia, na avaliação da Economia, causar um imenso dano nas contas públicas.

“Estava previsto fazer algo semelhante com a gasolina, o Senado resolveu mudar na última hora, caso contrário nós teríamos um desconto também na gasolina, que está bastante alta. Estudo a possibilidade de projeto de lei complementar, com pedido de urgência, estudo, né, para gente fazer a mesma coisa com a gasolina”, disse o presidente.

Segundo relatos feitos à CNN, embora uma ala do governo defenda a implementação imediata de um programa de subsídio ao diesel, para compensar o reajuste de 25% anunciado pela Petrobras na quinta-feira (10), Guedes tem aconselhado Bolsonaro a esperar pelo menos mais duas semanas para tomar qualquer outra decisão.

O ministro da Economia tem dito que é preciso ter cautela para não agir no afogadilho e, consequentemente, colocar as contas públicas em risco. De acordo com a avaliação de Guedes, o cenário internacional é bastante incerto e, neste momento, ainda não é possível fazer previsão sobre quais serão os próximos passos da guerra na Ucrânia. Para o ministro, um possível arrefecimento dos ataques da Rússia podem mudar as perspectivas, por exemplo, em relação a novos aumentos no preço do barril de petróleo.

A avaliação que Guedes tem feito a Bolsonaro, disseram auxiliares do ministro à CNN, é a de que, depois do esforço do governo e do Congresso em aprovar o projeto que mexe nos tributos dos combustíveis, a pressão deve se voltar para a própria Petrobras e para os governadores, que já dizem ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) para questionar a medida.

Neste sábado (12), Bolsonaro voltou a criticar a política de preço da Petrobras, afirmando que, ao anunciar o reajuste nos combustíveis, a estatal “demonstrou que não tem a menor sensibilidade com a população, é a Petrobras Futebol Clube”.

Mais cedo, o presidente já havia dito que a Petrobras tem “lucro absurdo”, num momento “atípico” no mundo. Questionado se o presidente da estatal, general Silva e Luna, poderia ser trocado, Bolsonaro disse que “todo mundo tem possibilidade de ser trocado, exceto o vice-presidente e o presidente da República”.