• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Reforma tributária pode aumentar ICMS sobre o GLP

Medida vale para consumidores residenciais, comércio e indústrias

O possível aumento do ICMS sobre o gás de cozinha, algo que pode ser contemplado na reforma tributária estudada pelo governo do Estado, é alvo de críticas pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás). A Secretaria Estadual da Fazenda informa que a proposta original da reforma previa passar o imposto sobre o GLP dos atuais 12% para 17%. Porém, como mudanças no projeto que pode ser votado na Assembleia Legislativa na quarta-feira (23) estão ainda sendo discutidas, a assessoria de imprensa da pasta adianta que existe a possibilidade de o percentual permanecer inalterado.

O presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, considera o gesto de negociar como algo importante e destaca que um incremento de cinco pontos percentuais no ICMS sobre o gás de cozinha seria um impacto relevante para a sociedade. Segundo dados do sindicato das distribuidoras de GLP, se houver a modificação para 17%, levando em conta o preço médio do botijão de 13 quilos no Rio Grande do Sul de R$ 69,84, verificado em julho, somente a alteração do tributo elevaria o custo desse produto para R$ 73,11, uma alta de R$ 3,27.

Mello ressalta que o reajuste aconteceria para o tradicional botijão de 13 quilos e também para embalagens acima dessa medida. "A gente respeita o Estado, sabe que o Rio Grande do Sul vive uma situação fiscal complicada, agora, o que nós levantamos é que a flutuação de preços do GLP chama a atenção de todos pela relevância social do produto, então por que aumentar no GLP que é um produto essencial?", questiona o presidente.

Ainda de acordo com dados do Sindigás, no Brasil são cobradas três faixas de ICMS sobre o botijão de 13 quilos do gás de cozinha: 18%, 17% e 12%. A Secretaria da Fazenda gaúcha salienta que a eventual elevação para 17% igualaria a cobrança feita hoje em Santa Catarina. Mello comenta que, além de uma arrecadação maior, muitas vezes o interesse em mexer no imposto do GLP é devido ao fato do tributo ser taxado "na fonte", ou seja, do produtor, através de substituição tributária, o que simplifica a cobrança e reduz a chance de sonegação.

"O Estado acaba optando por aumentar o imposto do produto sem olhar a sua importância social e sim pela sua facilidade de arrecadação, o que é muito perverso", considera o dirigente. O Sindigás aponta que, de janeiro a julho de 2020, o consumo de GLP no Rio Grande do Sul foi na ordem de 259,6 milhões de quilos, o que gerou uma arrecadação de aproximadamente R$ 171,7 milhões. Se o ICMS fosse de 17% ao invés de 12% esse montante passaria para cerca de R$ 237 milhões, uma diferença de R$ 65,3 milhões.

Apesar do reflexo no bolso do consumidor que um possível ICMS mais alto implicaria, Mello recorda que a demanda pelo GLP tende a não apresentar grandes oscilações. O presidente do Sindigás alerta que o maior impacto é na faixa da população que é a mais pobre, que pode trocar o gás por outros combustíveis para cozinhar como, por exemplo, lenha catada.

Mercado de GLP no Rio Grande do Sul

Número de revendas de GLP no RS: 4.936

Preço médio do botijão de 13kg no RS (jul/2020): R$ 69,84

Preço médio do botijão de 13kg em Porto Alegre (jul/2020): R$ 69,71