• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Reajuste de 4,5% do IR vai valer em março

Decisão, que será por MP, irrita ainda mais a oposição, que ameaça "operação cansaço"

Vitoriosa na primeira batalha pela aprovação do salário mínimo de R$545 e da fixação de uma política de reajuste do mínimo até 2015, a presidente Dilma Rousseff comprou nova briga: a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O governo confirmou ontem que prepara uma Medida Provisória para corrigir a tabela em 4,5% - centro da meta da inflação. Prometendo colocar em prática o que chamaram de "operação cansaço", com obstrução ferrenha nas votações em plenário e nas comissões, os partidos de oposição se preparam para a nova guerra e avisaram que brigarão por uma correção maior. 

O governo deve editar a MP na próxima semana, para que ela entre em vigor em março. Nas discussões do mínimo, o governo condicionou a edição da MP à votação do projeto que fixou o benefício em R$545 a partir de 1º de março. Assim como a oposição, as centrais sindicais também querem um valor maior, de 6,46% - índice da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e utilizado na correção do mínimo. A presidente Dilma determinou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que prepare o documento. A intenção é enviá-lo na semana que vem ao Congresso. O Planalto avisou que não cederá às pressões das centrais ou da oposição. 
- O governo fez um acordo com as centrais para o salário mínimo e o Imposto de Renda. Vamos cumprir o que foi estabelecido com as centrais - disse o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio. 

ele disse que o Planalto optou por uma MP, e não por um projeto de lei, para que o desconto na tabela tenha validade imediata. Na verdade, o desconto será para o IR de 2011, cuja declaração será entregue em 2012. 

PSDB defende índice de 5,91% 

A equipe econômica aconselhou a presidente a adotar uma regra para os próximos quatro anos, como ocorreu na correção anterior, de 2007 a 2010. 

Derrotada com facilidade na Câmara e no Senado, a oposição promete brigar por uma correção superior a 4,5%. O líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), defendeu percentual maior, mas evitou fixar um índice. ACM Neto avisou que a oposição deverá manter o processo de obstrução pesada nas votações da Câmara, para forçar o governo a negociar. 

- Vou propor que instalemos um "estado de obstrução". Podemos levar isso também às comissões. O regimento da Casa está à disposição para que possamos obstruir. A oposição vai obstruir mais do que nunca - disse. 

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), quer que o índice chegue, pelo menos, a 5,91% (inflação medida pelo IPCA para 2010). O senador criticou o fato de o governo utilizar índices diferentes, dependendo do seu interesse. O PPS está propondo correção de 10% e prevê reajuste anual da tabela. Segundo o PPS, o Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), considerando-se o período de 1995 a 2011, aponta uma defasagem de 71,5% na tabela. 

Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu os 4,5%. 

- A MP que está sendo preparada prevê o reajuste de 4,5%, que é o centro da meta de inflação. Todo o esforço do governo é para trazer a inflação para o centro da meta. Então, colocar um valor diferente sinalizaria que o esforço não é para valer - disse Jucá. 

O governo não tratará agora do fim do fator previdenciário. O senador Paulo Paim (PT-RS) havia declarado que Dilma discutiria o assunto. 

- Não recebi nenhuma determinação da presidente para iniciar debate acerca do fator previdenciário - disse Luiz Sérgio.