• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Retrospectiva 2010: um ano marcado por inovações

A adaptação às normas internacionais, a volta do Exame de Suficiência, a aprovação das Leis

Autor: Lara ElyFonte: Jornal do ComércioTags: contabilidade

Com a mudança para as normas internacionais de contabilidade a pleno vapor - a tão conhecida sigla IFRS, que em inglês significa International Financial Reporting Standard - , o ano de 2010 foi um período de adaptação às novas legislações e tecnologias. Nas entidades de classe, universidades, escritórios e grupos de estudo, quase não se falou em outro assunto. Os contadores mantiveram-se ocupados em aprender as novidades do IFRS, e também muito atentos às ferramentas praticamente obrigatórias para a inovação tecnológica.

Na contabilidade pública, o assunto da vez foi a aprovação das novas Leis Orgânicas, fato que restaurou a estrutura da Secretaria da Fazenda no Rio Grande do Sul. Após vários anos de luta das entidades de classe, novos servidores foram chamados para reforçar o contingente que trabalha nas áreas de arrecadação, fiscalização, controle interno e gestão financeira do Estado. Ficam regulamentados os cargos de agente fiscal do Tesouro do Estado para a Receita, auditor de finanças para o Tesouro e auditor do Estado para a Contadoria e Auditoria-Geral. Não foram poucos os contadores que trabalham no governo que também passaram o ano se qualificando para se adaptar às mudanças.

O papel das entidades contábeis nessa transição foi de suporte, qualificação e respaldo para os profissionais. Tanto é que, em 2010, as principais organizações profissionais da contabilidade passaram a se reunir periodicamente no Fórum das Entidades Contábeis, onde puderam intercambiar impressões e reflexões sobre o andamento dessa transição.

Outro assunto que marcou 2010 foi o retorno do Exame Suficiência pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no segundo semestre do ano. A legislação que determina as novas regras para o setor foi sancionada em junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além do exame, a lei obriga que todos os profissionais responsáveis pelo setor de contabilidade em uma empresa tenham concluído o curso superior em Ciências Contábeis. A prova será aplicada pelo conselho duas vezes por ano, uma no primeiro trimestre e outra no último. O primeiro teste do tipo está agendado para março de 2011. A avaliação, que será realizada no mesmo dia em todos os estados, é feita de provas específicas para bacharéis e para técnicos em Contabilidade.

Nova era exige flexibilidade dos contadores

Atualmente, existem no Brasil e no Rio Grande do Sul bons escritórios de contabilidade e bons profissionais da área contábil. O desafio, agora, é se preparar para enfrentar a complexidade da nova era contábil, já que essa nova fase em que os profissionais contábeis entraram é uma era mais rica em detalhes. Segundo especialistas, o período é voltado para a essência das transações comerciais e financeiras, e menos para o formato jurídico e societário.

Tema mais debatido em 2010, a convergência às novas normas internacionais é uma das questões que ainda deve pautar a agenda dos contadores em 2011. O Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS) passou o ano empenhado em mostrar ao empresariado gaúcho que a contabilidade brasileira mudou. Em função dessas alterações, o CRC-RS está investindo pesado em treinamento e qualificação, para preparar os profissionais.

O momento certo de optar pela tecnologia

O que o consumidor ganha com as alianças e parcerias no mundo da informatização? A resposta é competitividade e permanência das marcas no mercado. Essa foi uma tendência que deve ganhar força total no próximo ano. Ferramentas como a nota fiscal eletrônica, o Sped e o ponto eletrônico passaram a integrar a realidade de inúmeras organizações.

Apesar das várias vantagens, o mercado ainda dá sinais de resistência e o receio de abandonar as velhas práticas impede alguns contadores de se renderem às facilidades da tecnologia contábil. Uma das maiores barreiras a ser transposta pelo fisco - a informatização dos sistemas contábeis e fiscais - já é também uma realidade na história das contas públicas.

Agora, as novas ferramentas apresentadas pela Receita Federal aos usuários são processos que se incorporam àquilo que a entidade já vem buscando há muitos anos. No atual grau de avanço, resta o desafio de investir em expansão da capacidade da rede e mobilizar os contribuintes para que acompanhem essa evolução.

Sped muda rotinas das organizações

O Sped faz parte do Projeto de Modernização da Administração Tributária Aduaneiro (Pmata), do governo federal, e é composto por diversos outros subprojetos: NF-e, Sped Contábil (ECD), Sped Fiscal (EFD), CT-e, e-Lalur, NFS-e e Central de Balanços. O modelo pretendido visa à integração das informações nos âmbitos federal, estadual e municipal com foco no princípio da economia, em que se pretende a substituição gradativa das demais obrigações acessórias.

Em 2010, muito se discutiu junto à classe contábil se o modelo de obrigação não será responsável pela deflagração do fim da profissão, uma vez que a sistematização das rotinas industriais e comerciais passaria a fornecer as informações de modo praticamente automático para a base de dados do governo.

No entanto, o atendimento ao Sped pode se tornar uma grande oportunidade de melhoria de gestão, já que as empresas terão que refinar o controle de custos, produção, mercadoria, além de trabalhar com apuração de margem.

NF-e aumenta transparência do sistema

O inovador projeto da Nota Fiscal Eletrônica obriga empresas de mais de 50 atividades econômicas a migrarem definitivamente para a nova versão do documento. Por meio da assinatura digital do remetente, o projeto trouxe transparência no procedimento de emissão e recebimento de documentos fiscais e permitiu, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelas secretarias da Fazenda.

Esse ano veio a confirmação de que, em 2011, o Ministério da Fazenda irá implantar a nova versão da NF-e, a NF-e 2.0. A demanda para o próximo ano é documentar todos os eventos que ocorrem durante o ciclo de vida do documento fiscal, sendo desde o registro de saída do produto à confirmação do recebimento da mercadoria, passando por devolução, registro de roubo de carga, carta de correção e outras ocorrências.

Ponto Eletrônico gera polêmica

A adesão ao novo ponto eletrônico deixou muitos empresários inquietos. Tanto é que o Ministério do Trabalho acabou postergando para janeiro de 2011 o prazo final para sua adoção obrigatória, que seria em agosto de 2010. A adoção do novo aparelho é obrigatória para aqueles que já utilizavam o ponto eletrônico, independentemente do tamanho e da quantidade de trabalhadores que tenha a empresa. A vantagem principal do ponto eletrônico, que muda consideravelmente a vida do contador, é a facilidade na hora do fechamento das horas e lançamentos na folha de pagamento através da importação de dados.

Alterações na Lei Geral animam empreendedores

O ano que passou teve muitas novidades para os empreendedores. Mas a melhor delas parece ter sido a aprovação de alterações na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que vai mudar os valores de enquadramento. Para a microempresa, o faturamento limite passa de R$ 240 mil para R$ 360 mil por ano; para a empresa de pequeno porte, de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões anuais. Além do aumento dos tetos, congelados desde 2005, estão sendo propostas a inclusão de todas as atividades no Simples Nacional, a extinção da cobrança de ICMS nas fronteiras dos estados e a não aplicação da substituição tributária para os microempresários. Além disso, entre as demandas estão a aplicação de multas diferenciadas para as micro e pequenas empresas, o parcelamento das dívidas para as empresas optantes pelo Simples Nacional e o aumento do limite de faturamento do Empreendedor Individual e criação do Simples Rural, entre outros pontos.