• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Governo vai prorrogar a 'Lei do Bem'

O governo federal pretende pretende enviar ao congresso em até três semanas a proposta elaborada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) de prorrogação dos benefícios fiscais da "Lei do Bem".

Fonte: Valor Econômico

Gustavo Brigatto

O governo federal pretende pretende enviar ao congresso em até três semanas a proposta elaborada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) de prorrogação dos benefícios fiscais da "Lei do Bem". Segundo Augusto Gadelha, secretário de Política de Informática do MCT, serão mantidas as mesmas isenções de cobrança de PIS e Cofins previstas pela Lei 11.196, editada em novembro de 2005. De acordo com o secretário, ainda não foi decidido se a reedição do incentivo ao mercado de computadores terá vigência de três ou quatro anos. "A discussão no governo envolve diferentes áreas", diz Gadelha. No caso da "Lei do Bem" participaram o MCT, e os Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Fazenda.

Apesar de ter sinalizado que os benefícios seriam estendidos, o governo vem sofrendo pressão dos fabricantes para colocar a medida em prática o mais rápido possível, já que a legislação em vigor perde a validade em 31 de dezembro. De acordo com Gadelha, a Casa Civil está avaliando se a proposta será enviada ao Congresso em regime de urgência ou na forma de Medida Provisória. Procurado pelo Valor, o Ministério da Fazenda não retornou o pedido de entrevista, até o fechamento desta edição.

Para Hugo Valério Junior, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) a edição de uma MP é a única alternativa neste momento. "O calendário está muito apertado", diz. Nas empresas, o clima é de apreensão, mas a maioria prefere não trabalhar seu planejamento de 2010 sem prever a continuidade da isenção de PIS e Cofins.

A isenção do pagamento dos dois tributos é considerada um dos grandes motores do crescimento das vendas de computadores e da redução da comercialização de produtos no chamado mercado cinza nos últimos quatro anos. O corte de quase 10% nos impostos pagos sobre o total de vendas dos varejistas - e das empresas que comercializam diretamente os seus produtos - ajudou as vendas de computadores a passarem de 6,3 milhões de unidades em 2005 para 12 milhões em 2008. Segundo a Abinee, o setor de informática criou dez mil empregos no período, e o que deveria ser uma renúncia fiscal, representou um aumento da arrecadação de R$ 1 bilhão para R$ 1,8 bilhão.

Levantamento do Instituto Brasil Legal (IBL) mostra que entre 2006 e 2008 as apreensões de produtos de informática que entravam no país sem pagar impostos caíram de R$ 56 milhões para R$ 47 milhões, fruto da maior competitividade dos produtos fabricados no Brasil e da maior fiscalização das fronteiras. "O preço dos equipamentos para o consumidor caiu pelo menos 15%", diz o presidente do IBL, Edson Vismona. Além disso, destaca o executivo, novas marcas e investimentos chegaram ao país. A mais nova é a taiwanesa Acer. Depois de 15 anos sem atuação direta no Brasil a empresa iniciou a fabricação local este ano com o objetivo de reduzir a participação na venda informal de notebooks no país.

Segundo o IBL, no primeiro semestre de 2009, dos 200 mil equipamentos da Acer comercializados no país, apenas 16% foram declarados à Receita Federal. O número é alto, mas menor do que o registrado no mesmo período de 2008, quando 22% das 230 mil unidades vendidas pela empresa no Brasil foram declaradas. No ano passado, US$ 263 milhões foram sonegados só com a importação fraudulenta de equipamentos. Segundo Vismona, criminosos têm usado rotas alternativas que passam pelo Chile e o pelo Estado do Amapá para abastecer o mercado cinza no Brasil.

De acordo com Gadelha, do MCT, o governo está avaliando outras duas medidas na área de fabricação de computadores no Brasil. Uma que já está em consulta pública, é a ampliação dos benefícios fiscais para empresas que tenham o Processo Produtivo Básico (PPB) para a fabricação de equipamentos portáteis com a configuração exigida no programa "Um Computador por Aluno" (UCA). O outro é a prorrogação da isenção de IPI prevista na Lei de Informática para os fabricantes que investem em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. O benefício também expira em 31 de dezembro. A proposta, segundo Gadelha, é aumentar o valor dos atuais 2% para 3%, para aproximar o valor dos 4% praticado em outros artigos da Lei. "Esse é um recurso que não vai para o governo como imposto, e acaba voltando para a empresa", comenta.