• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

A criatividade e a iniciativa, normalmente, só surgem na escassez

Nesta semana, tive o prazer de visitar, em São Paulo, a exposição de um dos meus artistas favoritos: o Banksy — e recomendo fortemente a quem puder ir

Logo na entrada, tomei um soco no estômago ao ver esta frase estampada na parede, que diz, em tradução livre: “Muita gente nunca tem iniciativa porque ninguém disse a eles para ter”. Banksy tem razão! Somos condicionados desde muito cedo a nos dizerem o que e quando fazer.

Desde a hora de ir para a cama, entrar na escola e no dever de casa que temos que fazer, até ao horário de chegar na empresa e qual atividade executar: temos sempre alguém nos direcionando.

Costumo a falar bastante a frase que iniciou esse texto – e cuja autoria atribuo a mim mesmo, até que me provem o contrário. Em todos estes anos no mundo corporativo, avaliando e identificando os melhores talentos, definitivamente a característica que mais une todos aqueles que se destacam é a iniciativa.

Provavelmente, você vai dizer: iniciativa eu tenho! Será…? O “ter iniciativa” é um conceito bem abstrato, difícil de mensurar e avaliar de forma objetiva, logo, se torna uma percepção individual.

Se colocarmos em um estádio todos os profissionais que eu já conheci e pedirmos “levante a mão quem tem iniciativa no trabalho!”, acredito que todos (ou quase todos) levantarão. Ao mesmo tempo, se no mesmo estádio fizermos a pergunta “levante a mão quem aqui trabalha, ou já trabalhou com alguém sem iniciativa”, provavelmente a mesma quantidade levantará.

Ou seja, essa matemática não fecha, certo?

A autopercepção e autocrítica já são difíceis de serem feitas por nós, ainda mais quando tratamos destes conceitos abstratos. Então, voltando mais uma vez à minha frase “a criatividade e a iniciativa, normalmente, só surgem na escassez”, como podemos ter mais atitude em nosso trabalho?

Uma estratégia que tenho é criar a escassez antes que ela exista. Ou seja, imagine que sua atividade na empresa seja extinta, você não tem mais as suas tarefas para executar, o que você faria para continuar contribuindo para sua empresa e se manter relevante?

Além disso, pensando sobre toda sua empresa, o que você acha que não funciona tão bem, que falta algo? Onde poderia haver melhores processos, pessoas ou produtos?

Por último, imagine agora que o negócio principal da sua empresa seja completamente extinto. O que vocês poderiam fazer para continuarem vivos, utilizando o know-how da empresa, a estrutura e a base de clientes atual?

Então, antecipe essa escassez que de fato pode – ou não – acontecer e aja sobre ela, com criatividade e iniciativa.

O profissional mais cobiçado transcende a sua capacidade na própria função e atividade e se torna tão relevante pela sua iniciativa que, se a empresa acabar, os donos e/ou executivos certamente o convidariam para um novo negócio, quer seja ele uma empresa de tecnologia ou um boteco.

Então fica a provocação: neste estádio, será que você não é o “sem iniciativa” que está levantando a mão?