• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

‘Inclusão ou marketing?’: o que houve de melhora com as políticas afirmativas para profissionais LGBTQIA+

Pesquisa exclusiva mostra que a percepção da comunidade é de que ainda há barreiras para entrar e ‘preconceito velado’ que impede de crescer no mercado de trabalho.

Quando o assunto no mundo corporativo é Diversidade e Inclusão (D&I), vale o antigo provérbio: “não basta ser honesto, é preciso parecer honesto”.

A Gerdau era uma das principais patrocinadoras do Minas Tênis Clube quando o central Maurício Souza, jogador da equipe e da seleção brasileira de vôlei, ofendeu a toda a comunidade LGBTQIA+ com um post homofóbico nas redes sociais, que taxava como “anormal” um personagem bissexual.

O resultado é conhecido: Souza foi demitido a pedido dos patrocinadores, mas amealhou milhões de seguidores em suas redes sociais, e deve disputar as eleições com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A decisão foi muito tranquila para a nossa liderança. Promover um ambiente diverso e inclusivo é um dos nossos princípios e está conectado com um processo de transformação de cultura da empresa. Foi a mesma ação que tomaríamos no dia a dia”, afirma Carla Fabiana Daniel, líder global de Diversidade e Inclusão da Gerdau.

Na maior prova de fogo das políticas de inclusão, a resposta rápida e incisiva de Gerdau e Fiat — a montadora também patrocinava o Minas — é o reforço de ambiente inclusivo que funcionários LGBTQIA+ esperam de seus empregadores.

É o que mostra uma pesquisa da plataforma de RH Infojobs, cedida com exclusividade ao g1. Os dados evidenciam que há uma preocupação entre os profissionais com a transparência das iniciativas inclusivas e com a distância entre discurso e ação.

Mas alguns números são alarmantes. Entre os membros da comunidade LGBTQIA+ entrevistados na sondagem, 57,6% afirmam que as iniciativas de diversidade e inclusão lhes parecem apenas “discurso de marketing”. Apenas 7,6% acreditam exclusivamente na motivação genuína das empresas.

Além disso, 67,3% dos entrevistados dizem que já sofreram algum tipo de preconceito durante os processos seletivos por conta de sua identidade de gênero ou orientação sexual.

E pior: quase 95% acreditam que exista “preconceitos velados” dentro da empresa que atuam como barreiras para o crescimento profissional.

“As empresas estão falando mais sobre o assunto, mas o colaborador está entendendo a importância dada à diversidade? Isso está fazendo parte do dia a dia dele? A empresa precisa agir com transparência”, diz Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.

Diversidade & Inclusão, ou D&I

O conceito de promover diversidade dentro das empresas não é novo, mas ganhou potência com o arranque dos conceitos ESG (sigla em inglês para “Ambiental, Social e Governança”) na pauta corporativa. Houve uma explosão de novos departamentos de D&I nas principais empresas do mundo.

A consultoria Mais Diversidade ressalta que boa parte das empresas brasileiras ainda não tem áreas de diversidade bem estruturadas. E há diferenças claras, também, entre empresas do setor público, de grande porte, pequenas e médias empresas.

O relatório “O cenário brasileiro LGBTI+”, também da Mais Diversidade, mostra que os funcionários públicos são os mais insatisfeitos com políticas atuais de inclusão no trabalho (nota 4,34 de 10), seguido do terceiro setor (5,52) e PMEs (6,06).