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Notícia

Quando é a Black Friday e porque você não pode perder esta data

Varejistas faturaram R$ 3,2 bilhões na edição passada da Black Friday; celulares, eletrônicos e móveis estão entre os itens mais procurados

A Black Friday 2020 cairá no dia 27 de novembro. Portanto, ainda há cerca de 50 dias para os lojistas se prepararem. Verificar estoque, planejar as promoções e divulgar as ações para a data. O e-commerce deve estar ainda mais fortalecido nesta edição devido às restrições da pandemia.

Afinal de contas, em muitos estados brasileiros, o comércio físico ainda não voltou totalmente ao normal. Por consequência, funcionam em horário reduzido e com limitação no número de clientes para evitar aglomeração.

O fato é que além de saber quando é a Black Friday, é importante lembrar que muitos lojistas e grandes redes de marketplace fazem promoções antecipadas, como se fosse um “esquenta” para a grande data.

Mas por que a Black Friday cai na última sexta-feira de novembro? É preciso entender, primeiramente, a sua origem.

Como o termo em inglês já sugere, o movimento iniciou nos Estados Unidos. Na última quinta-feira do mês de novembro é comemorado por lá o Dia de Ação de Graças. É uma referência à gratidão dos norte-americanos pelo ano que passou.

O dia depois do feriado marca o início das compras para o Natal. O termo teria sido usado pela primeira vez na Filadélfia pela polícia local, na década de 90, devido ao movimento de pessoas nas lojas e congestionamento nas ruas.

Quando é a Black Friday nos EUA, o comércio físico ainda é requisitado

Sendo assim, quando é a Black Friday nos Estados Unidos, o comércio físico ainda é bastante requisitado. Já no Brasil, a primeira campanha, que foi realizada em 2010, foi totalmente on-line, mas depois conquistou o comércio de rua.

A ideia foi trazida pelo publicitário Pedro Eugênio, dono do site Busca Descontos, que reunia todas as promoções das lojas presentes na internet.

Na primeira edição houve a participação de 50 lojas que faturaram R$ 3 milhões. O movimento se repetiu no ano seguinte, elevando as vendas para R$ 100 milhões.

Assim, a Black Friday não parou mais de crescer. Lojas físicas também aderiram. Inicialmente, a iniciativa ainda não era conhecida de todos os brasileiros, além de ainda gerar muita rejeição devido às críticas de descontos falsos, a chamada “Black Fraude”.

Contudo, com o passar das edições e a fiscalização dos órgãos responsáveis, o número de pessoas que conhecia e confiava na promoção subiu.

Veja a evolução:

  • 27% das pessoas sabiam o que era Black Friday em 2014 (pesquisa Hello Research);
  • 99,5% dos consumidores conhecia o movimento em 2018 (pesquisa Provokers)
  • 69% das pessoas já compraram produtos na data (pesquisa Provokers).

Black Friday 2020 continua em novembro, apesar da proposta de setembro

Contudo, muitos empresários discutiram a respeito de quando é a Black Friday, já que a data prejudica as vendas de Natal e ocorre dias antes do prazo final do pagamento da primeira parcela do 13.º salário no Brasil.

Assim, houve um movimento em 2017 para antecipar a campanha para setembro, já que ele não tem nenhuma data comercial especial. Mas a proposta não ganhou forte adesão.

Só para complementar, a primeira parcela do 13.º salário é paga entre 1.º de fevereiro e 30 de novembro (na segunda-feira após a Black Friday 2020), variando de empresa para empresa.

No mês de setembro, entretanto, os brasileiros adotaram a Semana do Brasil. A iniciativa é do governo federal e apoiada por associações ligadas ao comércio.

Neste ano, ocorreu a sua segunda edição. Em 2019, as vendas aumentaram 11,3% (segundo a Cielo). Já na edição de 2020, o faturamento caiu 8,3% em relação à 2019 (também conforme a Cielo).

Principal tendência para a Black Friday 2020 é o comércio on-line

Portanto, com a Sexta-feira Negra já consolidada, quais são as tendências para a Black Friday 2020?

Primeiramente, é bom ressaltar que esta é a primeira edição após o início da pandemia. Nos meses iniciais da quarentena, o comércio on-line explodiu. Com o varejo não essencial fechado para ajudar a conter o novo coronavírus, as pessoas começaram a migrar para as compras on-line.

É o que mostra a 42.ª edição do estudo Webshoppers, elaborado pela Ebit | Nielsen em parceria com a Elo: 7,3 milhões de brasileiros compraram em websites pela primeira vez. A mesma pesquisa apontou que 40% mais pessoas aderiram ao e-commerce no período compreendido entre 5 de abril e 28 de junho.

Justamente por isso, analistas acreditam que a Black Friday 2020 será marcada pelo consumo de produtos on-line. Portanto, os lojistas que têm apenas lojas físicas e foram prejudicados durante o fechamento na pandemia, têm a chance de se preparar até a chegada do movimento.

Como o lojista pode se preparar para a Black Friday 2020

Por isso, é bom começar a preparação entendendo o comportamento do consumidor. Uma pesquisa realizada pela Inteligência de Mercado da Globo apontou que 65% dos consumidores querem se presentear na primeira Black Friday 2020. Além disso, 42% admitem que desejam ir às compras na data.

Para o lojista que tem o ponto físico, mas está planejando abrir um canal de vendas on-line há algumas dicas de especialistas. Veja:

custo inferior à abertura de uma loja física;

  • há várias plataformas disponíveis para lojas virtuais;
  • há muitos marketplaces (Americanas, Extra, Casas Bahia) para parcerias;
  • não exige experiência;
  • a inadimplência é zerada, pois é preciso pagar no cartão ou no boleto antes de receber a mercadoria;
  • o alcance é maior, bem como o tempo, já que o site está no ar 24h por dia.

Tendências para a Black Friday 2020

  • os consumidores começam a pesquisar os preços dos produtos no Google com antecedência de três meses;
  • os sites de vendas on-line recebem de 60% a 80% mais tráfego (segundo a Serasa Hitwise) no período da Black Friday. Por isso, é importante ter estratégias para reter essas pessoas para elas transformarem-se em clientes;
  • pode-se usar as redes sociais a seu favor, pois hoje em dia praticamente todos os consumidores têm um conta cadastrada nas redes sociais de maior audiência, como Facebook e Instagram;
  • se o seu comércio é apenas físico, também invista em marketing, mas acima de tudo em um ambiente seguro devido à pandemia. Assim, o consumidor sentirá mais segurança com a disposição de dispensadores de álcool gel.

Para ajudar os comerciantes, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) disponibiliza em sua plataforma vários cursos on-line, rápidos e gratuitos. Basta se cadastrar no site, começar a estudar e se preparar para a Black Friday 2020.