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Notícia

Dicas para ajudar a sua empresa a sair do período de endividamento

Vivemos em um país que está passando por dificuldades econômicas.

Vivemos em um país que está passando por dificuldades econômicas. O Brasil, que teve seu período de expansão entre 2004 e 2013, passa agora por uma recessão, com crescimento do PIB em média negativa de 3,7% e piora dos indicadores sociais. Isso acaba por refletir no crescimento empresarial e gera um aumento do endividamento de muitas empresas, que tentam se manter de pé ante a este momento de desaceleração econômica. Qualquer empresa pode passar por uma fase de endividamento, e quando ocorre essa situação é importante que seus gestores saibam quais técnicas poderão ser utilizadas para ajudar a sair deste momento de crise.

É importante procurar profissionais especializados na área empresarial que ajudem a elaborar um planejamento eficaz de reestruturação da empresa de forma legal. Será necessário diagnosticar a real situação da empresa verificando seus ativos e passivos, para então analisar qual a melhor estratégia a ser utilizada – como por exemplo rever ativos desperdiçados por pagamentos de multas que poderiam ser evitadas, o pagamento de tributos indevidos, pagamentos de juros abusivos a instituições financeiras, entre outras formas de perda de dinheiro que a empresa possa ter.

Outras soluções que podemos citar são a negociação ou renegociação de dívidas, busca de parcelamentos, busca de moratórias, compensações, remissões, análise de situações de prescrição e decadência, ou a dação em pagamento de bens móveis ou imóveis – mas cada opção deve ser muito bem analisada para ver se é algo que realmente vai ajudar a empresa na sua recuperação financeira. Por exemplo, não adianta muito renegociar dívidas para fazer mais dívidas e cobrir outros buracos orçamentários dentro da organização; isso fará com que a empresa deixe de trabalhar com o objetivo de obter lucros e passe a trabalhar apenas para pagar dívidas.

Mas nem toda a dívida é algo ruim, existe também algo chamado de dívida boa, que são, por exemplo, os investimentos em novas tecnologias e maquinário para otimizar a eficiência da empresa e reduzir custos e despesas. O investimento nestes casos só é possível por meio de uma dívida que a empresa teve de contrair, mas que se paga sozinho ao longo do tempo.

Como resultado de aplicações bem feitas, aplicações de estratégias e abordagens corretas junto a credores, a empresa conseguirá se recuperar – mas a prevenção é sempre a solução mais eficiente. Por isso, antes de partir para ações como renegociação de dívidas e outras soluções para reverter esse excesso de passivo, conheça primeiro os índices de endividamento da sua empresa, para ver como está o seu grau de endividamento e saber quando ações mais drásticas devem ser tomadas. Em uma organização, deve ser analisado o Fluxo Esperado de Benefícios Futuros, que é obtido através de estimativas de valores prováveis para os cenários já analisados. Dívidas contraídas a título de investimentos precisam ter um fluxo esperado de benefícios financeiros maior que o valor inicialmente investido. Por isso o endividamento a título de investimento precisa levar em conta uma análise também do custo da dívida ao longo do tempo, do aumento da receita que se espera ter e do impacto dessas receitas no fluxo de caixa da empresa. Fazer previsões usando outros indicadores como Payback e taxa interna de retorno ajudam também para a tomada de decisão, pois ajudam na análise da rentabilidade e dos riscos do projeto que se deseja investir.

Dívidas em projetos de investimento são consideradas dívidas boas, pois ajudam a empresa a crescer. Mas a tomada de decisão precisa ser feita de forma segura, embasada e estruturada.

Em se tratando de renegociação de dívidas com credores, é importante que a empresa seja transparente e que tente negociar principalmente juros menores e descontos em juros, multas e parcelamentos de débitos ainda não parcelados. É importante que durante toda essa fase de reorganização da empresa o empresário não perca o foco nos seus negócios – e por isso volto a frisar a importância de ter profissionais experientes, especializados e competentes para lhe dar este apoio, pois sem eles fica muito difícil continuar com as outras atividades de expansão do negócio (como prospecção de clientes e controle de vendas) enquanto se está também cuidando da recuperação financeira da empresa.

Com essas dicas torna-se mais clara a visualização de algumas atitudes que podem melhorar o seu fluxo de caixa para atender o seu orçamento empresarial e evitar ficar no vermelho.