• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Marketing e neuromarketing: uma fusão necessária

Torna-se óbvia a necessidade de compreender que o Marketing hoje se tornou uma fusão de ciência, com as técnicas tradicionalmente usadas no mercado

Para compreendermos o Neuromarketing, primeiro precisamos recapitular as mudanças do Marketing.

O marketing sofreu diversas evoluções através do tempo para acompanhar as variações de mercado e de pensamento dos consumidores até obter o conceito que tem hoje. Começou na era industrial com o objetivo de vender os produtos produzidos nas fábricas, ou seja, o foco era totalmente voltado para o produto. Na era da informação o seu propósito se tornou compreender melhor a interação com os consumidores, analisando Mente (racionalidade), Coração (emoções) e Espírito (a interação social entre consumidores e a própria empresa), buscando como objetivo final “fazer do mundo um lugar melhor” (KOTLER, Marketing 3.0), e, assim, poder se diferenciar da concorrência, visto que o consumidor já estava bem informado o suficiente para comparar as ofertas de diferentes marcas.

“O marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos para criar, comunicar, e entregar valor para os clientes e para administrar o relacionamento com os clientes de forma a beneficiar a organização e seus públicos de interesse” (COBRA; BREZZO, 2010, p.09).

No atual momento, os consumidores não querem apenas produtos de qualidade, mas sim uma experiência de compra que proporcione uma relação humana e sincera de troca, querem poder conversar com a marca, expor seus anseios e ser atendido com as soluções dos seus problemas. Marketing “envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais” (KOTLER; KELLER, 2006, p.4). De acordo com Fischer (2015), o marketing tem a intenção de compreender e resolver os desejos do consumidor criando estratégias que distingue e enfatize um produto ou marca dos demais existentes no mercado, tornando-os únicos. Já para o autor Vorpagel (2016) o marketing é uma importante ferramenta na finalidade de aumentar o resultado de campanhas de publicidade:

Além disso, nos dias de hoje, o marketing se vale da análise dos componentes externos e internos dos consumidores, para compreender como direcionar uma campanha publicitária com a finalidade de atingir o público-alvo desejado da maneira correta, com a finalidade de aumentar o resultado para campanha, seja para aumentar a lembrança da marca na mente do consumidor, ou para aumentar os lucros da empresa, dessa forma, o marketing não é algo que ocorre acidentalmente, ele deve ser cuidadosamente pensado, planejado e reformulado continuadamente para que o resultado seja alçando com êxito (VORPAGEL, 2016, p.4).

A relação entre empresa e consumidor mudou o que era antes B2C, ou seja, “business-to-consumer”, na qual a empresa vende diretamente para o cliente final, se tornou “human-to-human” e as empresas precisam se adaptar a isso para continuarem ativas no mercado. “A comunicação não deve ser complicada. Deve ser simples e verdadeira, com humildade e compreensão de que somos todos humanos multidimensionais, cada um passou tempo nos dois lados, claro e escuro, da vida. Isso é “human-to-human””. (PROXXIMA, 2015 apud FISCHER, 2015, p.33).

O neuromarketing

O neuromarketing pode ser definido pela interação entre o marketing, e neurociência, pois através dele que são interpretadas e analisadas as reações cerebrais e, subsidiariamente, as comportamentais das pessoas. “O neuromarketing é a união da neurociência e do marketing para explicar a forma como o consumidor realmente toma a sua decisão de compra. A missão do neuromarketing é a investigação do cérebro dos consumidores” (LINDSTROM, 2009, p.150). Também diz que as ferramentas de neuromarketing mostram “como o nosso eu mais verdadeiro reage a estímulos em um nível muito mais profundo que o pensamento consciente e como a mente inconsciente controla o nosso comportamento (geralmente o contrário de como pensamos que nos comportamos)” (LINDSTROM, 2009, p.17). Teve início com a necessidade de se compreender o comportamento humano com relação às constantes mudanças de mercado e de organização. “Neuromarketing surge como uma ciência que explica processos e pode testar campanhas, aplicações, sensações de formas mais exatas, utilizando para isso as neurociências como um aliado do marketing” (RODRIGUES, 2011, p.2). Após diversos estudos na área neurológica, a principal descoberta é que a mente humana, na maioria das vezes, age frente aos estímulos e toma decisões de forma subconsciente.

A necessidade, então, de conhecer de uma forma cada vez mais profunda o consumidor conjuntamente à crescente adesão de conhecimentos científicos diversos pelas ciências sociais, tem levado as ciências sociais a adotarem técnicas de neuroimagem como uma ferramenta do processo de pesquisa comportamental e mercadológico (LEE ET AL., 2007 APUD ALMEIDA; ARRUDA, 2014, p.280).

Diversos institutos ao redor do mundo têm utilizado ferramentas tecnológicas para compreender como a mente do consumidor reage frente a estímulos e quais regiões do cérebro são atingidas. Fischer (2015, p.35) diz que o neuromarketing “está revolucionando a forma com que empresas do mundo todo buscam entender seu público e o mercado, além de aplicar energia e investimento financeiro em ações realmente eficazes, que tragam o resultado esperado e que muitas vezes surpreendam”. Já Lindstrom (2009, p.14) afirma: “O neuromarketing não significa implantar ideias no cérebro das pessoas ou forçá-las a comprar o que não querem; significa revelar o que já está dentro da nossa cabeça – a nossa “Lógica de consumo””.

O neuromarketing visa encontrar, através dos processos inconscientes, as respostas de um indivíduo a partir de suas crenças, experiências e preferências, e deve substituir as pesquisas quantitativas ou qualitativas, entrevistas e questionários para entender o que o target prefere, uma vez que estes últimos citados analisam os consumidores a partir de processos conscientes e lineares, o que contradiz completamente muitos estudos que mostram que o processo de decisão se dá a partir do inconsciente de cada um (VORPAGEL, 2016, p.7).

Atualmente as empresas estão desorientadas em relação a fidelizar e prospectar clientes, visto que muitas de suas ações não surtem efeito. De acordo com Fischer (2015, p.) “o neuromarketing auxilia na identificação de informações concretas e reais sobre o perfil do consumidor a ser atingido, visando, desta forma, planejar ações que sejam assertivas e tragam resultado efetivo”. “Dessa maneira o neuromarketing visa entender o que se passa no inconsciente de cada indivíduo a partir de estímulos externos, o que faz o inconsciente humano levar determinada pessoa à ação, quais são os sentimentos, pensamentos e desejos de cada indivíduo que o impulsiona à adquirir o produto ou serviço de uma determinada marca e não de outra” (VORPAGEL, 2016, p.44).

Assim, torna-se óbvia a necessidade de compreender que o Marketing hoje se tornou uma fusão de ciência, seja comportamental via o Neuromarketing, com as técnicas tradicionalmente usadas no mercado, fortalecendo o Planejamento Estratégico e a interação com clientes, sempre com foco em entregas mais satisfatórias para o fim de “fazer do mundo um lugar melhor”. Ou, no mínimo, induzir os consumidores à essa conclusão.