• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

É possível acelerar a retomada em 2019. Como?

O Brasil escolhe hoje um novo presidente com um cenário favorável para o crescimento, ainda que a oportunidade tenha sido aberta por um quadro econômico perverso: dois anos de recessão profunda seguidos de outros dois de promessas frustradas.

O Brasil escolhe hoje um novo presidente com um cenário favorável para o crescimento, ainda que a oportunidade tenha sido aberta por um quadro econômico perverso: dois anos de recessão profunda seguidos de outros dois de promessas frustradas.

Com juro e inflação baixos, mão de obra disponível e capacidade ociosa, há chance de que o País cresça além de seu potencial médio - de cerca de 2% ao ano -a partir de 2019.

Mas, para a recuperação não ficar de novo na intenção, economistas dizem que o novo ocupante do Palácio do Planalto tem uma tarefa urgente: definir a solução para o déficit fiscal já no primeiro semestre.

Endereçar medidas de corte de gastos que amenizem o rombo nas contas públicas - o que deve passar pela reforma da Previdência - é a única forma de tirar o setor produtivo do atual estado de torpor.

"Todo mundo concorda que a agenda de reformas na área fiscal é essencial e daria ao País espaço para crescer", diz Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco.

Parece simples, mas não é: as condições para a recuperação estão dadas desde 2017, mas tirar do papel a ideia de controle de gastos tem sido o desafio. Neste ano, as previsões para a expansão do PIB chegaram a 3%, mas agora estão em pouco mais de 1%.

A chance de usar o pós-crise como alavanca de crescimento exige uma política econômica clara, diz Samuel Pessôa, pesquisador do Ibre/FGV.

Ele vê a questão fiscal como prioridade zero. E, como a solução terá de passar por uma costura política habilidosa do novo presidente, ele recomenda que o trabalho comece a ser feito ainda em 2018, para que o País ganhe tempo precioso em 2019.

"A verdade é que, nos últimos dois anos, os políticos resolveram fazer greve", diz Pessôa.

"O Congresso quer se abster de arbitrar o conflito de distribuir riquezas e fazer o Estado brasileiro caber dentro da própria capacidade."

O cronômetro para que o presidente eleito apresente solução viável para as contas públicas será disparado assim que o resultado das urnas for revelado, reitera Simão Silber, professor da FEA/USP.

E, ainda que o rombo do setor público não supere os R$ 120 bilhões este ano - abaixo da "meta negativa" de até R$ 163 bilhões -, o Planalto precisará dar um recado claro sobre a capacidade de pagar sua dívida antes de agosto do ano que vem, quando o Orçamento de 2020 deve seguir ao Congresso. "O primeiro semestre será decisivo para o Brasil."

É só a partir da solução de problemas estruturais que o País poderá ir além da recuperação do que a economia perdeu durante a recessão, afirma o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper.

"Hoje, o cenário de crescimento é, na realidade, a recuperação do que perdemos. A chance de ampliarmos o crescimento sustentável, ao longo de vários anos, é muito baixa."