• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Dólar cai, mas respeita "piso informal" dos R$ 2

Tanto no mercado à vista quanto no futuro, as mínimas do dia foram registradas na linha de R$ 2,02.

Autor: Eduardo CamposFonte: Valor Econômico

Acompanhando a melhora de humor externo, o dólar teve novo dia de baixa, mas a linha dos R$ 2,0 segue respeitada. A queda por aqui, no entanto, foi mais tímida do que a observada em outras praças.

No mercado à vista, a moeda americana encerrou com baixa de 0,74%, a R$ 2,022. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar para agosto cedeu 0,61%, para R$ 2,0225.

Segundo o superintendente de tesouraria do Banco Banif, Rodrigo Trotta, o piso informal de R$ 2,0 segue válido. "Esse é o patamar de preço onde aparecem as compras", diz.

Tanto no mercado à vista quanto no futuro, as mínimas do dia foram registradas na linha de R$ 2,02. Ponto de entrada interessante, segundo o especialista, tendo em vista esse suporte de R$ 2,0.

Esse "piso informal" é respeitado desde que o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, disse que o BC poderia retomar as compras de moeda americana.

As declarações foram feitas no dia 3 de julho, um dia depois de o dólar fechar abaixo de R$ 2,0 pela primeira vez desde o fim de maio.

Os investidores também seguem atentos à possibilidade de leilão de swap cambial (que equivale à venda de dólares no mercado futuro). Cerca de US$ 4,5 bilhões em contratos vencem no dia 1º de agosto. Se os swaps não forem rolados, o efeito líquido no mercado é de compra de moeda americana.

A melhora de humor do dia foi atribuída à fala do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que disse que a autoridade monetária está pronta para fazer o que for necessário para preservar o euro, mas que vai continuar atuando dentro de seus limites, sem substituir as ações governamentais.

Segundo Trotta, o BCE faz o seu trabalho, mas não dá para imaginar uma solução para os problemas fiscais enfrentados pela região. "Sabe-se que essa é uma luta inglória e de longo prazo", diz.

Ainda de acordo com o tesoureiro, do discurso de Draghi à adoção de medidas práticas, o caminho é longo. Como exemplo, ele cita a falta de acordo para a emissão dos eurobônus comuns, ferramenta relativamente simples e que foi barrada pela Alemanha.

No mercado de juros futuros, o tombo da quarta-feira foi seguido por um repique de alta no pregão de ontem, conforme as taxas retomaram correlação com o cenário externo.

O ajuste mais firme ficou concentrado nos vencimentos de curto prazo, que são mais relacionados com a condução da política monetária.

Segundo o estrategista de renda fixa da Coinvalores, Paulo Nepomuceno, o aceno dado pelo BCE reduz o risco de mais adversidade externa. Com isso, o ciclo de corte de juros por aqui pode ser encurtado, com o BC parando em 7,5% ao invés de 7,25% ou 7%.

No desenho atual, diz o estrategista, a curva mostra corte de 0,5 ponto em agosto, e uma divisão entre parada e corte de 0,25 ponto.

Para o especialista, o instrumento clássico de política monetária para entregar maior crescimento se esgotou. Não tem como reduzir ainda mais a Selic em função de uma inflação resistente, que mesmo com baixo crescimento e deflação externa, não se afasta dos 5%.