• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Quem se beneficia e quem perde com a desvalorização do dólar?

Mas você sabe como esta valorização do real ante o dólar pode influenciar na sua vida?

Autor: Diego Lazzaris BorgesFonte: InfoMoney

O dólar tem atingido níveis historicamente baixos em relação ao real. Na última segunda-feira (25), a moeda norte-americana terminou cotada a R$ 1,543, menor nível desde desde janeiro de 1999, levando o governo a anunciar, nesta quarta-feira (27), novas medidas para conter a desvalorização da divisa norte-americana.

Mas você sabe como esta valorização do real ante o dólar pode influenciar na sua vida? O professor de Microeconomia e Finanças do Ibmec-RJ, Luiz Filipe Rossi, aponta que, ao mesmo tempo que o dólar barato beneficia parte da população, principalmente aqueles que fazem viagens ao exterior ou que consomem produtos importados (ou itens que tenham matéria-prima importada), existem setores da economia que são negativamente influenciados pela desvalorização da moeda norte-americana.

“O setor de exportação no Brasil, a quem nós devemos boa parte do nosso crescimento, está sendo duramente atingido com esta desvalorização”, afirma Rossi.

De acordo com o professor, esta queda nas exportações pode prejudicar as empresas por um longo período de tempo. “Estas empresas [exportadoras] estão perdendo muitos negócios. E esta perda de exportações sempre nos custa muito caro. Retomar é difícil, leva tempo, exige muito investimento”, ressalta.

E não são apenas os grandes empresários que perdem com a queda das importações e a diminuição do faturamento das empresas voltadas para este tipo de negócio. “Pode ser que tenha gente desempregada por conta disso”, aponta o professor.

Concorrência dos importados e queda da inflação
E não são apenas as empresas exportadoras que sofrem com a queda do dólar. As empresas que têm a produção voltada para o consumo local também se prejudicam com o aumento das importações.

“Você tem um concorrente importado antes que tinha o preço equiparado ao seu. Com esta desvalorização do dólar, o produto dele fica mais barato. Então, fica mais interessante importar do que produzir aqui”, aponta o professor.

Ao mesmo tempo, o diretor da corretora da Câmbio Pionner, João Medeiros, aponta que o dólar desvalorizado ante o real também ajudou a conter o avanço dos preços no País. “Se o dólar estivesse mais caro, a R$ 1,60 ou R$ 1,70, a inflação seria maior”, diz Medeiros.

Isto porque, com o preço dos importados mais baratos, muitos produtos acabam tendo o preço final reduzido, o que ajuda a manter a inflação sob controle.

Medidas
O Governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira (27) a taxação de 1% sobre as operações de derivativos cambiais feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no País. 

A medida provisória autoriza o CMN (Conselho Monetário Nacional), para fins da política monetária e cambial, a estabelecer condições específicas para negociação de contratos de derivativos. Além disso, o decreto prevê que, no caso de operações relativas a títulos ou valores mobiliários envolvendo contratos de derivativos de uma forma geral, a alíquota máxima de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é de 25% sobre o valor da operação. 

De acordo com os especialistas, as medidas são paliativas. “O Brasil recebe muito dinheiro especulativo, em função desta taxa de juros. O que o governo está tentando fazer é diminuir o ganho destas operações para ver se diminui um pouco este fluxo”, aponta Rossi, do Ibmec-RJ.

O diretor da Pionner concorda. “O governo ataca o efeito, não a causa. Quando o governo diminuir a taxa de juros, aí sim será tirado efetivamente o atrativo do investimento especulativo aqui no brasil”, acredita Medeiros.