• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Real cai no ranking das moedas mais valorizadas

Não fossem as providências oficiais, o real estaria mais valorizado, com todos os efeitos perversos que isso traz para a competitividade do país.

Fonte: Valor Econômico

O real, que encabeçava a lista das moedas com maior valorização frente ao dólar, a partir de outubro, com a série de medidas do governo para desestimular o ingresso de moeda estrangeira no país, passou para o fim da fila. Hoje a posição da moeda doméstica é a de 11º lugar no universo das 16 principais moedas do mundo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, levou esses dados à primeira reunião ministerial do novo governo, para mostrar que o país está vencendo algumas batalhas na guerra cambial. Ele argumentou, ainda, que a apreciação do real se deve ao sucesso da política econômica brasileira. A cotação do real de outubro para cá está praticamente estável. O dólar saiu de R$ 1,71, antes da duplicação da alíquota do IOF, para R$ 1,69 agora.

Não fossem as providências oficiais, o real estaria mais valorizado, com todos os efeitos perversos que isso traz para a competitividade do país. Mas a apreciação da moeda não significaria apenas ônus para a economia pois seria, também, uma forma de o câmbio flutuante contribuir para o controle da inflação. O índice de commodities em reais, por exemplo, atingiu no início deste ano seu patamar máximo (560 pontos). Isso evidencia que o país está importando uma inflação que o câmbio, se flutuante, poderia neutralizar.

Mantega levou ao encontro de ministros, ainda, algumas importantes projeções. Ele estima para este ano uma inflação de 5%, bem acima, portanto, da meta de 4,5%, e aponta que a convergência do IPCA para a meta só deverá ocorrer em 2012. Resta saber se é essa, também, a expectativa do Banco Central, a quem cabe perseguir o centro da meta.

A taxa de crescimento da economia, na visão de Mantega, será de 5,9%, na média, durante os próximos quatro anos, o que, se confirmado, colocará o governo de Dilma Roussef com uma performance bem acima dos dois governos anteriores: no de Lula, o crescimento médio do PIB foi de 4% e,no de Fernando Henrique Cardoso, 2,6%.

Para chegar a tal desempenho, a Fazenda acredita que o país alcançará uma taxa de investimento de 24,1% do Produto Interno Bruto em 2014, saindo de estimados 19% do PIB em 2010. A própria tabela apresentada pelo ministro mostra que de 2002 para cá, apenas em 2008 e 2010 a taxa de investimento superou a casa dos 16% do PIB, o que é muito baixa para sustentar um processo sistemático de crescimento econômico de forma não inflacionária.

A demanda doméstica, nas contas do ministro, cresceu 10,1% no ano passado, mas ainda assim ele atribui a aceleração da inflação ao choque dos preços de alimentos e confia que o processo de aceleração inflacionária não está disseminado na economia.

Em sua exposição, Mantega disse que o governo fará uma "consolidação fiscal" este ano e não um "ajuste fiscal clássico, com corte de gastos que provoque o desemprego, a recessão e a redução dos investimentos". O que o governo fará, segundo ele, é um "esforço de racionalização das despesas com aumento da eficiência do gasto público".

Segundo o ministro, os investimentos da União fecharam 2010 em R$ 49,1 bilhões, mas não ficou claro se esse valor incorporou as despesas que somente serão pagas este ano e que foram inscritas no Orçamento como restos a pagar. Essa é uma questão que afeta o cálculo do total do investimento público apresentado por Mantega durante a reunião, de 5,1% do PIB, segundo suas estimativas. Um patamar, portanto, superior ao registrado nos governos militares.

Os dados apresentados pelo ministro mostram que os investimentos do governo federal foram equivalentes a 1,4% do PIB, maior do que a previsão do próprio governo de que eles ficariam em 1,2% do PIB. Segundo Mantega, os investimentos dos Estados e municípios em 2010 foram superiores aos do governo federal, chegando a 1,7% do PIB e os das empresas estatais, a 2% do PIB.