• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Economia tem melhor resultado em 6 meses

O movimento era esperado pelos economistas e é explicado pela proximidade do fim do ano.

Autor: Fernando NakagawaFonte: EstadãoTags: economia

Após meses de relativa estabilidade, a atividade econômica voltou a crescer com mais força em setembro. Levantamento divulgado ontem mostra que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,69% em setembro ante agosto. Isso quer dizer que o Brasil teve a maior expansão da economia desde março de 2010, quando havia crescido 1,11%.


O movimento era esperado pelos economistas e é explicado pela proximidade do fim do ano. No terceiro trimestre, a atividade avançou 0,35% em relação ao segundo trimestre.

"O número mensal veio um pouco melhor do que a gente esperava. Ele sinaliza alguma retomada impulsionada pelas vendas do fim do ano, o que sempre acelera a economia", diz a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara. No trimestre, porém, o ritmo de setembro não foi suficiente para elevar de forma relevante o índice na comparação com o trimestre anterior (abril a junho). "Mesmo com o número um pouco mais forte no mês, o indicador tem variação de 0,35% no trimestre, bem próximo da nossa estimativa preliminar para o Produto Interno Bruto (PIB) do período."

Em 12 meses, o índice do BC acumula expansão de 8,03%, o que sinaliza que a economia deve fechar o último ano do governo Lula com forte ritmo de crescimento. O número acumulado em 12 meses, porém, está mais baixo que o verificado há alguns meses, quando o IBC-Br mostrava expansão mais próxima de 10% em um ano.

O IBC-Br é um indicador produzido pelo BC com vários indicadores econômicos disponíveis, que tenta capturar o ritmo e a evolução da atividade econômica e, em última instância, do PIB brasileiro. A intenção do BC foi criar um número para que houvesse análise mais rápida das variações da economia que os dados do PIB, divulgados apenas a cada trimestre pelo IBGE e com atraso de alguns meses.

Por isso, o ritmo mais forte da economia em setembro pode reforçar o debate quanto à necessidade de reação da política monetária para controlar a alta dos preços verificada em 2010 e esperada para o primeiro ano do governo de Dilma Rousseff.

Reação. Antes mesmo da divulgação da pesquisa, o mercado financeiro já havia aumentado na terça-feira a previsão para o nível do juro básico da economia, a Selic, no fim de 2011. Na avaliação do mercado, para segurar a alta dos preços - que deve ser potencializada pela economia mais aquecida, o que aumenta a demanda -, o BC deve aumentar o juro logo nas primeiras reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Por enquanto, prevalece o entendimento de que a taxa deve subir para 12% no decorrer de 2011.

Thaís Zara é um pouco mais pessimista que o mercado e prevê 12,25% no fim de 2011. "Temos pressões sobre a inflação que se desenha no cenário futuro." Para Thaís, essa piora gera a necessidade de reação do BC.