• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Juros para empresas e consumidores têm recorde de baixa

Em março, os juros médios ao consumidor recuaram para 6,77% ao mês, com queda de 0,15 ponto porcentual em relação a fevereiro.

Autor: Márcia De ChiaraFonte: EstadãoTags: juros

As taxas médias de juros cobradas dos consumidores e das empresas bateram recordes de baixa no mês passado, refletindo a maior competição entre bancos públicos e privados na disputa pelo crédito e a queda nos índices de inadimplência.

Em março, os juros médios ao consumidor recuaram para 6,77% ao mês, com queda de 0,15 ponto porcentual em relação a fevereiro. Foi a menor taxa de juros mensal ao consumidor desde janeiro de 1995, quando a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) iniciou a pesquisa. Também foi a primeira queda neste ano.

Houve redução de juros ao consumidor em cinco das seis linhas de crédito pesquisadas, exceto o cartão de crédito, que manteve os encargos financeiros no período. A maior retração ocorreu nos juros dos empréstimos pessoais das financeiras. Em fevereiro, a taxa era de 10,20% ao mês e caiu para 9,78% no mês passado,

Movimento semelhante de queda nos juros, porém generalizado, foi registrado no mercado corporativo. No mês passado, a taxa média de juros cobrada das empresas teve retração de 0,10 ponto porcentual, de 3,69% em fevereiro para 3,59% em março. O resultado de março do custo financeiro dos empréstimos para empresas foi o menor desde que a entidade começou a pesquisa, em janeiro de 1999. Todas as linhas de crédito corporativo tiveram queda no mês passado, em relação ao mês anterior. A maior retração foi registrada no desconto de duplicatas. Em fevereiro, as empresas desembolsavam 3,14% ao mês com juros. Em março, essa taxa tinha caído para 3,10% ao mês.

Surpresa. Na avaliação do vice-presidente da Anefac e responsável pela pesquisa, Miguel Ribeiro de Oliveira, o resultado de março surpreendeu por dois motivos. Primeiro porque a perspectiva é de que o Banco Central eleve a taxa básica de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), sinalizando alta de juros no mercado. A outra razão é que, no mês passado, o BC subiu o depósito compulsório dos bancos, sinalizando aperto monetário.

"A menos que a Selic tenha uma elevação fortíssima, na casa de um ponto porcentual, a tendência para os próximos meses é de estabilidade nos juros cobrados de consumidores e empresas", diz Ribeiro de Oliveira. Ele argumenta que a forte competição entre os bancos no mercado de crédito, desencadeada pelos bancos públicos, deverá sustentar a estabilidade das taxas.


Para lembrar
BC deve elevar juros este mês

Apesar de as instituições financeiras terem cortado as taxas de juros no mês passado, o Banco Central já indicou, na ata da última reunião do Copom, que vai elevar a taxa Selic na reunião marcada para 27 e 28 deste mês. Se a previsão se confirmar, será o primeiro aumento em 19 meses. Hoje a Selic está em 8,75% ao ano.