• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Bancos e empresas se unem para reduzir tributo do crédito

Enquanto o governo federal discute se prorroga ou não a desoneração sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os setores financeiro e produtivo se movimentam para pedir mudanças na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Enquanto o governo federal discute se prorroga ou não a desoneração sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os setores financeiro e produtivo se movimentam para pedir mudanças na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O pleito pelo fim do tributo não é novidade, mas ganhou espaço nos debates promovidos na Câmara dos Deputados nas comissões especiais de acompanhamento da crise financeira.

Em cenário de Selic baixa e a poupança ameaçando os lucros obtidos com os fundos de investimento, a opção de redução do IOF ganha prioridade para os bancos. A reivindicação, no entanto, encontra dois obstáculos principais: o dinheiro do IOF, em tempos de queda na arrecadação vai fazer falta ao já combalido caixa da União; e o governo corre o risco de ver, feita a desoneração, que ela não seja integralmente repassada para os tomadores de crédito, o que aumentaria ainda a margem das instituições financeiras.

No primeiro quadrimestre do ano, a arrecadação do IOF representou R$ 5,9 bilhões para os cofres da União. Em 2008, no mesmo período, o volume foi de R$ 6,2 bilhões e no primeiro quadrimestre de 2007, o IOF rendeu R$ 2,4 bilhões para o governo. "O valor do ano passado foi atípico. Isso se explica por dois motivos principais: o aquecimento da atividade econômica, que acabou produzindo também uma bolha tributária e o aumento da alíquota do IOF para pessoas física", afirmou Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria. Segundo ele, nos quatro primeiros meses de 2009, o IOF representou 3,6% da arrecadação tributária - excluídas do cálculo as receitas previdenciárias.

Estudo realizado pela Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados (Análise de Conjuntura), aponta que, nos últimos anos, as receitas do IOF estabilizaram-se no patamar observado em 2007: R$ 7,8 bilhões, equivalentes a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB). "Mas o quadro mudou na virada de 2007 para 2008, com a extinção da CPMF", contou Murilo Soares, consultor legislativo da Câmara. "Com o fim da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeira], o governo, para substituir perdas de receitas, estabeleceu alíquota fixa de IOF em percentual idêntico ao da contribuição extinta (0,38%) sobre uma ampla gama de operações financeiras", explicou Soares.

Como consequência das elevações das alíquotas do IOF no ano passado, a arrecadação do tributo mais que dobrou de 2007 para 2008, atingindo neste ano o total de R$ 20,3 bilhões equivalentes a 0,7% do PIB e a quase 3% da receita total da União. Desse montante, R$ 14,9 bilhões foram recolhidos sobre operações de crédito.

Depois da crise, as alíquotas das pessoas físicas retornaram ao percentual de 0,0041%.

O setor financeiro defende a redução ou fim do IOF, justificando que há desvio de função do tributo - que criado para ser regulatório, agora assume papel de arrecadatório. Suas alíquotas ainda são fixadas por decreto, mas as receitas tornaram-se livres e nem mesmo compõem a base de partilha com estados, Distrito Federal e municípios. O governo, por sua vez, tem como alternativa desonerar apenas as operações em que o IOF represente um peso alto no custo total incorrido ao tomador do crédito.

Análise da Consultoria Legislativa indica que, no caso de pessoas jurídicas, a operação de desconto de duplicada é a principal incidente proporcional do IOF (em termos de participação na taxa total da operação 41,95%, o peso do IOF é de 14,3%). Situação, afirma o documento, "injustificável dada a importância da operação para as pequenas e médias empresas". Em seguida vem as operações de conta garantida - , que participam com peso de 5,4% do IOF. Outra observação dos consultores é que as taxas totais sobre as operações de capital de giro das empresas encontram-se em patamares menos elevados, e o IOF as "encarece" em quase 5%.

A pressão sobre o Congresso, no entanto, pode não surtir muito efeito. Isso porque, cabe ao Executivo, por meio de decreto, regular sobre o IOF.