• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Mercado de trabalho começou a reagir em abril

Saldo de demissões e contratações fica positivo pela primeira vez no ano

Fonte: Diário do ComércioTags: trabalho

Com a ajuda dos setores de serviços e agropecuária, o saldo líquido de demissões e contratações no País em abril foi de 106.205 vagas. Com isso, o estoque de empregos formais na economia subiu 0,33% em relação a março, para 32.041.756 vagas. O resultado é visto pelo governo como um sinal de recuperação e já motivou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a divulgar a primeira previsão de novas vagas em todo o ano. "Arrisco dizer que teremos, neste ano, mais de 1 milhão de novos empregos," afirmou.

Mas há analistas prevendo a necessidade de maior redução dos juros básicos da economia para estimular a criação de vagas. Quando comparados com dados do ano passado, os resultados mostram o quanto a crise financeira prejudicou o mercado de trabalho. De janeiro a abril, foram abertos 48.454 postos com carteira assinada no País, resultado 94,29% menor que o registrado em igual período de 2008.

"Houve uma evolução mais fraca em postos na indústria do que a gente imaginava", disse o economista da LCA Consultores Fabio Romão. Mas, para o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, os dados de abril mostram uma surpresa positiva.

O resultado do mês passado é o terceiro dado positivo no ano e a primeira vez em que o saldo de demissões e contratações fica positivo no acumulado de 2009. A indústria parou de demitir pela primeira vez em cinco meses: o saldo nesse segmento foi positivo em 186 vagas. O resultado do emprego no mês passado é também três vezes maior que o de março, quando foram criados 34.818 postos.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor de serviços liderou as contratações em abril, com a abertura de 59.279 postos de trabalho (55,8% do total), seguido da agropecuária, com 22.684 vagas. O comércio criou 5.647 vagas. O único setor que ainda está negativo é o de extrativa mineral, com eliminação de 582 vagas.

Locomotiva – De acordo com o Caged, São Paulo impulsionou a abertura de empregos no mês. O estado foi responsável pela criação de 72.022 (67,8% do total) de empregos com carteira assinada, resultado de 447.957 contratações e 375.935 demissões.

"São Paulo foi a locomotiva do emprego em abril", disse o ministro Lupi. O cadastro mostrou ainda, no mês, um dinamismo maior na contratação de mão de obra no interior do estado – das 72.022 novas ocupações, 63.864 foram criadas nessa região.

O Caged mostrou também que o crescimento no interior paulista está associado ao início do ciclo da cana e do café. O setor agropecuário, no mês de abril, foi o segundo que mais contratou, perdendo apenas para o segmento de serviços. Os destaques dentro dos serviços ficaram para alojamento e alimentação.

O comércio, por sua vez, voltou a registrar saldo positivo em abril, depois de um período de quatro meses seguidos de resultados negativos.

Lojistas do atacado e varejo voltaram a encomendar produtos à indústria, após terem reduzido os estoques no primeiro trimestre, influenciando positivamente a contratação de novos empregados.

Para Lupi, "o Brasil está dando sinais inequívocos de recuperação". Segundo ele, o resultado de maio deverá ser melhor que o de abril. Contrapondo o prognóstico feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que reduziu a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 para algo entre zero e 2%, Lupi afirmou que espera expansão de 2% a 2,5% do PIB. "Sou o lado otimista do Mantega", acrescentou. "Ninguém contrata com carteira assinada se estiver tendo prejuízo."

Regiões – Em termos geográficos, quatro das cinco regiões do País tiveram saldos positivos de empregos formais, sendo o Sudeste o destaque, com 99.065 vagas abertas. Apenas a região Nordeste teve saldo negativo, com a eliminação de 24.622 vagas.